28/03/2024 às 17:10

Estoque da dívida atinge R$ 6,595 trilhões, com alta de 2,25% em relação a janeiro

O Tesouro Nacional divulgou nesta quinta-feira (28) que a Dívida Pública Federal (DPF) registrou um aumento em fevereiro, impulsionada pelo baixo volume de vencimentos. O estoque da dívida subiu de R$ 6,449 trilhões em janeiro para R$ 6,595 trilhões no mês passado, representando um aumento de 2,25%.

Em abril do ano anterior, a DPF ultrapassou a marca de R$ 6 trilhões pela primeira vez. Apesar do aumento em fevereiro, a dívida continua abaixo das expectativas. Segundo o Plano Anual de Financiamento (PAF), apresentado em janeiro, a previsão é que o estoque da DPF encerre 2024 entre R$ 7 trilhões e R$ 7,4 trilhões.

A Dívida Pública Mobiliária Interna (DPMFi), que corresponde aos títulos emitidos em território nacional, também registrou um aumento de 2,32%, passando de R$ 6,176 trilhões em janeiro para R$ 6,319 trilhões em fevereiro. No último mês, o Tesouro emitiu R$ 90,75 bilhões a mais em títulos do que resgatou, principalmente em papéis corrigidos pela taxa Selic. Além disso, houve a apropriação de R$ 52,37 bilhões em juros.

Por meio da apropriação de juros, o governo reconhece mensalmente a correção dos juros incidentes sobre os títulos e adiciona esse valor ao estoque da dívida pública. Com a Taxa Selic em 10,75% ao ano, a apropriação de juros pressiona o endividamento do governo.

No mercado externo, a Dívida Pública Federal Externa (DPFe) também registrou um aumento de 0,84%, passando de R$ 273,83 bilhões em janeiro para R$ 276,14 bilhões em fevereiro. O principal fator foi a valorização de 0,6% do dólar no último mês.

O colchão da dívida pública, que consiste em uma reserva financeira utilizada em momentos de turbulência ou concentração de vencimentos, aumentou após registrar queda em janeiro. Essa reserva subiu de R$ 813 bilhões em janeiro para R$ 885 bilhões em fevereiro, impulsionada principalmente pela forte emissão líquida no mês passado.

Atualmente, o colchão cobre 6,52 meses de vencimentos da dívida pública, que totalizam R$ 1.252,09 trilhão nos próximos 12 meses.

A composição da DPF também sofreu alterações. A proporção de títulos corrigidos pela taxa Selic aumentou de 42,03% para 42,64%, enquanto a proporção de títulos prefixados subiu de 22,93% para 23,14%. Por outro lado, a fatia de títulos corrigidos pela inflação caiu de 30,53% para 29,77%.

As instituições financeiras continuam sendo os principais detentores da DPF interna, com 28,8% de participação no estoque. Em seguida, aparecem os fundos de investimento, com 23,4%, e os fundos de pensão, com 23,3%. A participação dos não residentes caiu ligeiramente, de 9,9% em janeiro para 9,8% em fevereiro.

A dívida pública é uma forma de o governo captar recursos junto aos investidores para cumprir obrigações financeiras, comprometendo-se a devolver os recursos após alguns anos, com alguma forma de correção.

Fonte: Agência Brasil

Share.