05/04/2024 às 14:51

O saldo negativo das contas públicas em fevereiro é influenciado principalmente pelo déficit do Governo Federal, decorrente da antecipação do pagamento de precatórios em 2024

As Estatísticas Fiscais, divulgadas nesta sexta-feira (5) pelo Banco Central (BC), revelam um déficit primário de R$ 48,692 bilhões no setor público consolidado, frente ao déficit de R$ 26,453 bilhões no mesmo período de 2023. O déficit primário representa o resultado negativo das contas públicas (despesas menos receitas), excluindo os pagamentos de juros da dívida pública.

Nos dois primeiros meses de 2024, o setor público consolidado apresenta um superávit primário de R$ 53,455 bilhões. Entretanto, em 12 meses encerrados em fevereiro, as contas acumulam um déficit primário de R$ 268,229 bilhões, correspondendo a 2,44% do Produto Interno Bruto (PIB).

Governos estaduais mantêm superávit; contas municipais têm resultado positivo

Em fevereiro, o Governo Central registrou um déficit primário de R$ 57,821 bilhões, em comparação ao resultado negativo de R$ 39,238 bilhões no mesmo período do ano anterior. No entanto, os governos estaduais apresentaram superávit de R$ 7,486 bilhões, enquanto os governos municipais alcançaram um resultado positivo de R$ 1,160 bilhão. As empresas estatais, por sua vez, registraram um superávit primário de R$ 483 milhões.

Gastos com juros e endividamento público

Os gastos com juros totalizaram R$ 65,166 bilhões em fevereiro de 2024, um aumento leve em comparação com os R$ 64,153 bilhões registrados no mesmo período do ano anterior. No entanto, houve uma redução significativa em relação ao mês anterior, onde os gastos com juros foram de R$ 79,914 bilhões.

A dívida líquida do setor público chegou a R$ 6,693 trilhões em fevereiro, correspondendo a 60,9% do PIB. Enquanto isso, a dívida bruta do governo geral atingiu R$ 8,301 trilhões, representando 75,5% do PIB.

O déficit nominal das contas públicas aumentou na comparação interanual, alcançando R$ 113,858 bilhões em fevereiro de 2024, contra R$ 90,606 bilhões em fevereiro de 2023. Este resultado é considerado pelas agências de classificação de risco ao avaliar o endividamento de um país, sendo um indicador observado por investidores.

Fonte: Agência Brasil

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