02/04/2024 às 14:11

Reconhecimento abre portas para crescimento econômico e exportações de proteína animal

O Ministério da Agricultura e Pecuária reconheceu o Distrito Federal como uma unidade da Federação livre da febre aftosa sem a necessidade de vacinação. Este marco representa uma oportunidade significativa para a valorização e crescimento econômico da produção de bovinos e bubalinos na região, incluindo a perspectiva de exportação da proteína animal. O DF abriga atualmente um rebanho de cerca de 40 mil bovinos, destacando-se não apenas pelo consumo interno, mas também pela produção de leite e aprimoramento genético.

O alcance deste selo de qualidade foi resultado de esforços conjuntos entre produtores e o governo ao longo dos anos. O Governo do Distrito Federal acompanhou de perto os rebanhos e supervisionou o controle da vacinação, visando evitar a propagação e o surgimento da febre aftosa. Enquanto isso, os produtores desempenharam um papel crucial na preservação da saúde animal, contribuindo para que o DF alcançasse esse status, conforme estabelecido pela Portaria nº 665 do Ministério da Agricultura e Pecuária, em 25 de março.

Rafael Bueno, secretário-executivo de Agricultura, enfatiza que este avanço é um testemunho do trabalho dedicado da Secretaria de Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural (Seagri-DF), em particular da Defesa Agropecuária. Ele destaca que a portaria assinada pelo Ministério abre caminho para o início das exportações de carne bovina para outros países, sendo efetiva a partir de 2 de maio.

É importante ressaltar que o DF já era uma região livre de febre aftosa com vacinação e agora progrediu para esse status. Consequentemente, os produtores não precisarão mais vacinar os rebanhos. Contudo, a Seagri continuará exercendo um controle rigoroso sobre a qualidade dos animais.

O DF está proibido de armazenar, comercializar e utilizar vacina contra a febre aftosa e de transportar animais e produtos para estados que ainda praticam a vacinação no país | Foto: Divulgação/Mapa

Além do reconhecimento, o DF está proibido de armazenar, comercializar e utilizar vacina contra a febre aftosa. A movimentação de animais e produtos derivados dessas áreas para estados que ainda praticam a vacinação no país também é restrita.

Próximos passos

Ao ser incluído na lista de unidades da Federação livre de febre aftosa sem vacinação, o DF está cumprindo o que foi estabelecido no Plano Estratégico do Plano Nacional de Vigilância para a Febre Aftosa (PE-PNEFA). O objetivo é que o país inteiro se torne livre de febre aftosa sem vacinação até 2026.

Para obter o reconhecimento internacional, o DF precisa cumprir outros requisitos estipulados pela Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA). Isso inclui a suspensão da vacinação contra a febre aftosa e a proibição do ingresso de animais vacinados nas áreas propostas por, no mínimo, 12 meses.

Atualmente, este reconhecimento é restrito no Brasil, sendo concedido apenas aos estados de Santa Catarina, Paraná, Rio Grande do Sul, Acre, Rondônia e partes do Amazonas e Mato Grosso.

Fonte: Agência Brasília

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