Primeira usina solar pública do DF começa a operar em Águas Claras com grande potencial de economia e benefícios ambientais

-Da Redação-

8 de junho de 2024 – A sustentabilidade e a busca por economia nas contas de energia são prioridades crescentes no Governo do Distrito Federal (GDF), e uma grande inovação foi implantada neste sábado (8) com a inauguração da primeira usina pública de energia solar fotovoltaica do DF, localizada em Águas Claras. O governador Ibaneis Rocha esteve presente na cerimônia e destacou a importância do projeto, que abastecerá 80 prédios públicos e proporcionará uma economia anual de R$ 1 milhão aos cofres públicos. Durante o evento, o governador também assinou o decreto que institui o programa “Um ParCão por Região”, com foco na melhoria dos espaços públicos.

Com um investimento de R$ 4,3 milhões, a usina solar conta com 1.310 placas fotovoltaicas instaladas no Parque Ecológico Águas Claras. “O Distrito Federal tem uma posição privilegiada em termos de radiação solar”, afirmou o secretário de Meio Ambiente e Proteção Animal, Gutemberg Gomes, sobre o potencial da região. “A energia gerada será armazenada e convertida em créditos para os órgãos públicos, permitindo que a economia seja reinvestida em outros projetos”, explicou o secretário.

Além da usina do Parque Águas Claras, o GDF também instalou placas solares em telhados de outros parques ecológicos do DF, como o Parque Ecológico do Cortado (Taguatinga), o Parque Ecológico de Guará Ezechias Heringer, e o Parque Ecológico Dom Bosco (Lago Sul), totalizando 1.492 placas solares que abastecerão diversos órgãos governamentais.

A usina solar é uma das principais entregas do projeto CITinova, uma parceria entre o GDF e o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), com financiamento do Fundo Global para o Meio Ambiente e coordenação do Ministério de Ciência e Tecnologia (MCTI). O projeto visa promover a adoção de energias renováveis e reduzir os custos operacionais do governo local.

Benefícios locais

A nova usina solar traz benefícios diretos para a população de Águas Claras, que possui uma das maiores densidades demográficas do DF, com cerca de 128 mil habitantes. “Com a maior densidade populacional, esta usina é um presente para a cidade, que verá a redução dos custos operacionais dos prédios públicos”, destacou o administrador regional de Águas Claras, Mário Furtado.

A região, que está em expansão, será contemplada com novos empreendimentos, como a unidade de pronto atendimento (UPA), uma escola classe na Quadra 101 e um centro educacional na Quadra 102, cujos processos licitatórios estão em andamento.

Impacto ambiental e econômico

A usina fotovoltaica gerará 962,77 MW/h por ano, proporcionando uma economia anual de aproximadamente R$ 1 milhão. Entre os prédios beneficiados estão a sede da Sema (Secretaria do Meio Ambiente), unidades do Instituto Brasília Ambiental, o Jardim Zoológico e o Jardim Botânico de Brasília, além de unidades escolares da Secretaria de Educação do DF.

Walisson Couto, diretor-presidente do Zoológico, destacou que o uso de energia solar permitirá uma redução de cerca de 90% no custo mensal de energia da instituição, permitindo redirecionar recursos para novos projetos e melhorias. Hélvia Paranaguá, secretária de Educação, enfatizou que a iniciativa traz a oportunidade de incorporar a educação ambiental nas escolas, capacitando as futuras gerações a entender a importância da sustentabilidade.

Depoimentos da comunidade

Richard da Costa, morador de Águas Claras, elogiou a instalação da usina, destacando que ela serve como exemplo para outras áreas adotarem a energia solar. Já Luiz Antônio Starling, outro morador local, observou o impacto positivo da instalação das placas solares, que atraiu mais visitantes ao parque e fortaleceu a conscientização ambiental.

Benefícios da energia solar

Os painéis solares são uma fonte de energia limpa e renovável, convertendo a luz solar em eletricidade sem emitir poluentes. Eles oferecem diversos benefícios, incluindo baixas emissões de carbono, o que contribui para a redução do aquecimento global. Além disso, a versatilidade dos painéis permite sua instalação em uma variedade de locais, tornando a energia solar acessível para diferentes necessidades e escalas.

Com esse projeto, o GDF não só reduz custos com energia, mas também reafirma seu compromisso com a sustentabilidade e inovação, gerando um impacto positivo para o meio ambiente e para a economia local.

Créditos: Agência Brasília

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