24/03/2024 às 14:12

Presidente do partido pedirá medida após prisão do deputado acusado de envolvimento em assassinatos

O presidente do partido União Brasil, Antonio de Rueda, planeja pedir à Comissão Executiva Nacional da legenda a abertura de um processo disciplinar contra o deputado federal Chiquinho Brazão. Brazão, eleito pelo estado do Rio de Janeiro, foi detido neste domingo (24) sob acusações de envolvimento nos homicídios de Marielle Franco e Anderson Gomes em 2018.

Em comunicado à imprensa, a assessoria do partido informou que, apesar de estar filiado ao União Brasil, Brazão já não mantinha vínculo com a legenda e havia solicitado autorização ao Tribunal Superior Eleitoral para desfiliação. A Comissão Executiva Nacional do União Brasil irá se reunir na próxima terça-feira, dia 26 de março, para discutir o assunto. O estatuto do partido prevê a possibilidade de expulsão cautelar em casos graves e urgentes.

Além de Brazão, foram detidos Domingos Brazão, conselheiro do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro (TCE-RJ), e Rivaldo Barbosa, ex-chefe da Polícia Civil do Rio. Brazão estava em seu segundo mandato como deputado federal.

As prisões ocorrem poucos dias após o Supremo Tribunal Federal (STF) homologar o acordo de delação premiada do ex-policial militar Ronnie Lessa, apontado como executor dos assassinatos. O caso agora é conduzido na Corte pelo ministro Alexandre de Moraes, devido ao envolvimento de um político com foro privilegiado, como é o caso de Chiquinho Brazão.

Domingos Brazão afirmou, em entrevista ao UOL em janeiro deste ano, que não conhecia Marielle Franco. Por sua vez, Chiquinho Brazão divulgou nota em 20 de março, negando as acusações de ser o mandante do crime e alegando um relacionamento amistoso com Marielle.

A reportagem busca contato com as defesas dos acusados presos para obter mais informações sobre suas posições.

Fonte: Agência Brasil

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