Instituição ganhou mais seis salas de aula com capacidade total para 180 alunos, que agora contam com turmas de ensino integral; governadora em exercício Celina Leão também cumpriu agenda na montagem da AgroBrasília 2025 e com os produtores rurais da região
A comunidade rural do Paranoá e de regiões próximas ganhou, nesta sexta-feira (16), um reforço importante para a educação pública. Com investimento de R$ 1,5 milhão do Governo do Distrito Federal (GDF), as estruturas do Centro Educacional PAD-DF (CED PAD-DF) foram ampliadas com a construção de novos módulos escolares.
As instalações modernas, confortáveis e acessíveis permitem agora a implementação do ensino integral na instituição. Com capacidade para atender até 180 alunos por turno, este é considerado o maior investimento já recebido pela escola desde a sua inauguração, em 1988.
“Esta é uma forma que temos de enxergar a área rural com o potencial que ela tem, com a prestação de serviço que eles já nos fazem”, afirmou a governadora em exercício, Celina Leão. “O nosso objetivo é cuidar dessas crianças que estão aqui, para a permanência dessas famílias no campo. O nosso investimento na construção de módulos escolares tem realmente dado um efeito muito positivo. A gente tem economizado em transporte público, porque às vezes precisava levar crianças para estudar em outros locais, e agora não precisa mais.”
Instalações
A nova estrutura tem 988 m² e conta com seis salas de aula climatizadas, áreas de convivência cobertas e ao ar livre, banheiros adaptados e ambientes pensados para garantir conforto e acolhimento. O modelo de construção em steel frame proporciona durabilidade, conforto térmico e acústico, além de ser mais sustentável.
“A área rural tem crescido no Distrito Federal, e essas famílias não precisam mais ser transportadas para outras escolas, então o atendimento aqui é 100% da região”, celebrou a secretária de Educação, Hélvia Paranaguá. “Com essa entrega, a gente totaliza 21 módulos prontos e inaugurados. Até final do ano, a meta é alcançar a marca de 60 módulos entregues.”
Por sua vez, o diretor do CED PAD-DF, Gildney Ferreira de Souza, ressaltou: “Esse módulo é uma conquista histórica. Representa o que há de mais moderno para a educação do campo. Mais do que ampliar a capacidade física, esse investimento combate o êxodo rural, dá dignidade às famílias e permite que os estudantes possam sonhar com um futuro dentro da própria comunidade. É a força do campo mostrando seu potencial”.
Ensino integral
A expansão da estrutura permitiu que a escola tirasse do papel o projeto de implementar o ensino integral, disponível agora para os alunos do 6º ao 9º ano. Para a coordenadora desta modalidade de ensino, Gislene Caxito, a chegada dos novos módulos é resultado de anos de trabalho.
“Há muito tempo a gente esperava por isso, mas não tinha local”, relatou a gestora. “Sem espaço físico, não podíamos avançar. Agora, temos um ambiente adequado não só para o ensino pedagógico, mas também para ações sociais e projetos como a horta orgânica. Trazer esse novo local para a comunidade, principalmente rural, é muito importante.
Bons resultados
Além da estrutura física, o CED PAD-DF se destaca nas pesquisas educacionais: em 2023, a instituição ficou em 14º lugar no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) entre as escolas de ensino médio do DF e em 48º lugar no fundamental. Para a direção, essa conquista é um reflexo direto do empenho da equipe e do envolvimento da comunidade.
A mudança também já é sentida por quem vive a rotina escolar, como a auxiliar de serviços gerais Edilaine Vieira, mãe do aluno Murilo, de 13 anos, diagnosticado com transtorno do espectro autista (TEA). “Essa estrutura é maravilhosa”, disse. “As salas são aconchegantes, os professores são ótimos e o ambiente faz toda a diferença para o desenvolvimento dele. A autoestima dos alunos melhora muito com essas salas novas.”
Já o aluno do 3º ano do ensino médio Ranne Saraiva, 17, lembrou que o novo espaço é um estímulo para alcançar novos objetivos: “Já tem dois anos que eu estudo aqui, e vim para cá justamente porque nas outras escolas em que já estive, infelizmente, o ensino era precário. Eu sempre ouvia falar muito bem daqui, e quando cheguei, vi que foi uma das melhores decisões que eu já tomei, porque a escola é ampla, tem muitos projetos e sempre dá espaço para todos os alunos. Eu vou me formar esse ano e quero ser professor de história, e aqui encontrei um ambiente que realmente estimula esse aprendizado”.
Por Agência Brasilia
