10/04/2024 às 14:38

Altas de preços e variações setoriais impactam IPCA em março

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou hoje que as altas nos preços dos planos de saúde, do tomate e da cebola foram os principais impulsionadores da inflação de 0,16% registrada em março pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Em fevereiro, a inflação havia sido de 0,83%.

O preço da cebola subiu 14,34%, enquanto o do tomate aumentou 9,85%. Outro produto que teve um aumento significativo foi a banana prata, com alta de 7,79%.

Segundo o pesquisador do IBGE, André Almeida, “Esses três produtos tiveram altas em março influenciadas por uma menor oferta. A gente tem uma questão histórica do aumento dos preços dos alimentos no verão, por conta de altas temperaturas e altos índices de chuvas [que prejudicam as colheitas]. Em 2024, esse efeito foi intensificado por conta do El Niño”.

Além dos alimentos, os planos de saúde também tiveram um aumento relevante, variando 0,77% no mês, conforme explicou Almeida: “Isso se refere à apropriação mensal do reajuste autorizado pela ANS [Agência Nacional de Saúde Suplementar]”.

O grupo de saúde e cuidados pessoais teve inflação de 0,43%, influenciado também pela alta dos produtos farmacêuticos (0,52%).

Por outro lado, o grupo transportes teve deflação de 0,33%, ajudando a conter a inflação oficial, que caiu de 0,83% em fevereiro para 0,16% em março.

A queda de 9,14% nas passagens aéreas foi um dos itens que mais contribuíram para o recuo da taxa de inflação no mês. O gás veicular (-2,21%), o óleo diesel (-0,73%) e a tarifa do ônibus urbano (-0,06%) também tiveram deflação.

Comunicação (-0,13%) e artigos de residência (-0,04%) foram outros grupos de despesa com deflação em março. O item educação, que tinha sido o grande responsável pela inflação de fevereiro, com uma taxa de 4,98%, em março acusou uma taxa de apenas 0,14%, também contribuindo para a queda do IPCA.

Os demais grupos de despesas apresentaram as seguintes taxas de inflação: habitação (0,19%), vestuário (0,03%) e despesas pessoais (0,33%). Entre as capitais e regiões metropolitanas, a maior alta de preços foi observada em São Luís (0,81%). Porto Alegre foi a única a apresentar deflação (-0,13%).

Fonte: Agência Brasil

Share.