Iniciativa da Secretaria de Educação atende crianças de até 3 anos e 11 meses com necessidades específicas de desenvolvimento
O Programa de Educação Precoce (PEP), promovido pela Secretaria de Educação do Distrito Federal (SEEDF), oferece atendimento educacional especializado a crianças de até 3 anos e 11 meses que apresentam necessidades específicas de desenvolvimento. Criado em 1987, o programa atende atualmente mais de 4 mil crianças em 22 unidades da rede pública, distribuídas nas 14 regionais de ensino do DF.
O PEP é direcionado a bebês e crianças com hipóteses diagnósticas de deficiência, transtorno do espectro autista (TEA), altas habilidades, bem como aquelas consideradas de risco, como prematuras, pós-maduras e filhos de mães diabéticas. O objetivo é oferecer suporte educacional diferenciado para promover o desenvolvimento integral desde os primeiros anos de vida.
“No Distrito Federal, temos um compromisso de décadas em ofertar o Programa de Educação Precoce para atendimento educacional a bebês e crianças que precisam de suporte diferenciado para seu desenvolvimento. É um trabalho que envolve a família e reflete nosso esforço para garantir a inclusão desde os primeiros anos de vida”, destaca a subsecretária de Educação Inclusiva e Integral, Vera Lúcia Ribeiro de Barros.
Atendimento personalizado
O Centro de Ensino Infantil 04 de Taguatinga é uma das unidades que oferecem o programa, atendendo 219 crianças desde 2006. “São atendidas crianças com deficiência, prematuridade ou em situação de risco social, como adotadas ou abrigadas. O atendimento ocorre duas vezes por semana, com sessões de 50 minutos, podendo variar conforme a idade e necessidade”, explica a diretora do CEI 04, Sabrina Marques Oliveira.
Impacto positivo
A farmacêutica Camilla Vieira compartilha a experiência das filhas gêmeas, Lis e Mel, que nasceram siamesas unidas pela cabeça e foram separadas por cirurgia em 2019. “A educação precoce foi incrível para nós. Elas estavam começando a andar, e o programa ajudou muito no desenvolvimento motor e na fala. Hoje, estão no primeiro ano do ensino fundamental e já sabem ler”, relata Camilla.
Lis e Mel ingressaram no PEP com 1 ano e meio e permaneceram até os 3 anos, recebendo atendimento no Centro de Ensino Especial 01 de Ceilândia. “É gratificante ver que elas acompanham a turma e até se destacam. Fizemos todo o acompanhamento pelo GDF, desde a cirurgia até a educação”, acrescenta a mãe
Como participar
Para participar, os alunos devem ter um encaminhamento médico e os pais devem procurar uma das unidades da rede pública que tenham a modalidade de ensino. As crianças podem permanecer na educação precoce até os 4 anos. Na sequência, são encaminhadas para a educação infantil regular ou, a depender da situação e do diagnóstico, seguem no ensino especial, modalidade garantida às pessoas com deficiências e TEA. As matrículas podem ser realizadas ao longo de todo o ano.
⇒ Brazlândia (CEE Professora Luciene Spinola)
⇒ Ceilândia (EC 68, CEE 01 e CEE 02)
⇒ Gama (CEE 01)
⇒ Guará (CEE 01 e CEF 02 da Estrutural)
⇒ Núcleo Bandeirante (Caic JK e CEI Riacho Fundo II)
⇒ Paranoá (CEI 01 e EC 203)
⇒ Planaltina (CEE 01)
⇒ Plano Piloto (CEI 01, CEE 02 e CEEDV – Deficientes Visuais)
⇒ Recanto das Emas (CEI 304)
⇒ Samambaia (CEE 01)
⇒ Santa Maria (CEE 01)
⇒ São Sebastião (Caic Unesco)
⇒ Sobradinho (CEE 01)
⇒ Taguatinga (CEI 04 e CEI 07)
Com informações: Agência Brasília