Cotas, projetos escolares e apoio ao afroempreendedorismo impulsionam igualdade no Distrito Federal

-Da Redação-

20 de novembro de 2024 – A Secretaria de Justiça e Cidadania do Distrito Federal (Sejus-DF) implementou nos últimos anos uma série de medidas para reduzir desigualdades raciais e promover a inclusão. Entre as iniciativas, destaca-se a reserva de 20% das vagas para estagiários negros na administração pública, uma política que busca abrir portas para o primeiro emprego desses jovens.

Outro avanço foi a aplicação de cotas raciais em concursos públicos do GDF e suas entidades vinculadas, como autarquias e fundações. Carlos Augusto Portela Xavier é um exemplo de sucesso dessa política. Ele foi aprovado no concurso da Defensoria Pública do DF e assumiu, em 2023, o cargo de analista de apoio à assistência judiciária:

Conselhos e projetos educacionais

A Sejus-DF também criou conselhos e comitês para fortalecer projetos como o incentivo ao afroempreendedorismo e oferecer um espaço de diálogo entre o governo e a sociedade civil. Marcela Passamani, secretária de Justiça e Cidadania, destacou o compromisso com a inclusão:

“As políticas públicas implementadas democratizaram o acesso ao serviço público para a população negra, enquanto reforçam o combate ao racismo.”

Na área educacional, o projeto Cidadania nas Escolas tem sido um sucesso. A iniciativa promove a conscientização de estudantes e professores sobre direitos humanos, igualdade racial e maneiras de evitar e combater manifestações racistas no ambiente escolar.

Afroempreendedorismo e impacto econômico

Dados da Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED-DF), divulgados nesta terça-feira (19) pelo Instituto de Pesquisa e Estatística do DF (IPEDF), mostram que 60,8% das pessoas ocupadas no DF se autodeclararam pretas ou pardas, confirmando a importância desse grupo na economia local. A Sejus-DF tem fomentado projetos que impulsionam a geração de renda e o cooperativismo entre as populações negras e indígenas, garantindo a continuidade dessas atividades.

Entre os beneficiados estão Fabiano e Roseli Baía, moradores de Brazlândia, que participam de feiras afro promovidas pela secretaria. Eles comercializam plantas ornamentais, muitas de origem africana, adaptadas ao clima local. Fabiano destaca a relevância dessas feiras:

“Essas plantas chamam atenção, as vendas são rápidas e isso movimenta a economia.”

Um exemplo do apoio ao afroempreendedorismo foi o Festival Consciência Negra 2024, realizado na Torre de TV. Durante três dias, o evento reuniu afroempreendedores, com espaços dedicados à exposição de produtos e à gastronomia afro, fortalecendo o papel da Sejus na promoção da diversidade e da inclusão econômica no Distrito Federal.

Créditos: Agência Brasília

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