16/03/2024 às 10:30

Três escolas do DF já contam com sistemas fotovoltaicos; meta é alcançar até 150 unidades

A sustentabilidade e a economia estão no centro dos projetos de energia fotovoltaica implementados em escolas da rede pública do Distrito Federal. Até o momento, três iniciativas foram consolidadas, atendendo a sete unidades escolares e beneficiando mais de cinco mil alunos e servidores. Outras duas estão em processo de execução para implantação da tecnologia renovável.

O governo tem a intenção de expandir o projeto para o máximo possível de unidades escolares nos próximos anos. Se alcançar a marca de 150 unidades, será capaz de abastecer toda a rede com energia solar. “Se pegarmos o montante de 800 unidades, já passa a ser um projeto muito significativo, porque seria o suficiente para atender a todos com distribuição de energia solar”, afirma Firmino Queiroz, diretor de serviços administrativos da Secretaria de Educação (SEE-DF). A estimativa de custo total é de R$ 80 milhões.

Além de beneficiar alunos e servidores do CEF 11, a energia solar produzida na unidade também abastece a Escola Classe 9 do Gama, onde estudam 563 alunos no ensino infantil

A mudança significaria mais recursos no Fundo de Educação. Atualmente, a pasta gasta, em média, de R$ 23 milhões a R$ 27 milhões em contas de luz. “Quando esse recurso é economizado, ele fica nas contas do GDF e pode ser usado em outras destinações de educação, como produção de material gráfico, infraestrutura e até para investir no próprio Pdaf [Programa de Descentralização Administrativa e Financeira]”, explica Queiroz.

Além da economia, os projetos promovem uma consciência ambiental nos alunos. “Esses projetos vão muito além da economia que proporcionam para as escolas e para a rede pública de ensino do Distrito Federal. Com eles, os alunos têm contato direto com um dispositivo que traz uma consciência de preservação do meio ambiente e de inovação, e mudança de pensamento”, destaca a secretária de Educação, Hélvia Paranaguá.

Política sustentável

As duas escolas pioneiras no uso de energia solar no DF, o Centro de Ensino Médio Integrado à Educação Profissional (Cemi) e o Centro de Educação Fundamental (CEF) 11, localizadas no Gama, já colhem os frutos do projeto implantado em 2022. “As escolas têm um aproveitamento de quase 100% na conta de luz. Hoje elas pagam apenas uma taxa mínima, que é fixa no valor de R$ 80. Sem falar que elas produzem energia para além do que necessitam em cada unidade”, revela a coordenadora regional de ensino do Gama, Cássia Nunes.

Com recursos de emenda parlamentar, o CEF 11 do Gama recebeu a instalação de 80 placas fotovoltaicas, alimentando toda a estrutura da escola desde janeiro de 2022. “Essa energia é a base da escola. Alimenta as salas de aula, o laboratório, a parte administrativa e a cozinha”, afirma a diretora Leila Rodrigues.

O projeto nasceu dentro da sala de aula, a partir da união do corpo docente e dos estudantes. “O antigo diretor tinha o sonho de fazer essa escola sustentável. Então começamos dentro da sala de aula a questionar os alunos sobre energia solar. Eles abraçaram a ideia e participaram do projeto”, comenta a professora de ciências Michelle Rocha.

Em seu segundo ano na escola, o estudante Isaque Maciel, 13, se diz empolgado com a estrutura física e pedagógica sustentável da instituição. “Acho algo incrível, porque podemos usar uma energia renovável e reutilizável que outras escolas não têm”, destaca.

Onze meses após o CEF 11 do Gama, o Cemi do Gama também passou a utilizar as placas fotovoltaicas, instaladas com investimentos de emenda parlamentar destinados à Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Distrito Federal (Emater-DF).

Ampliação do sistema

Recentemente, a Escola Classe 510 do Recanto das Emas aderiu à energia solar, beneficiando quase três mil alunos e servidores. A capacidade de gerar energia é tão grande que o resultado é distribuído para mais outras três unidades. A expectativa é economizar R$ 70 mil por ano.

Outras duas escolas da rede pública estão com projetos de energia solar em tramitação. O avanço dessas iniciativas promove não apenas economia, mas também uma importante conscientização ambiental entre os estudantes, preparando-os para um futuro sustentável.

 

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