Unidade oferecerá café da manhã, almoço e jantar a preços acessíveis, garantindo segurança alimentar

-Da Redação-

15 de julho de 2024 – Economia e praticidade são os principais motivos que levaram o aposentado Manoel Souza, 72 anos, a frequentar o novo Restaurante Comunitário de Samambaia, localizado na Quadra 833, no Setor de Expansão, conhecido como Portelinha ADE Oeste. Esta é a segunda unidade na região administrativa e servirá café da manhã, almoço e jantar de domingo a domingo. “Não dá para perder uma oportunidade como essa, né? Hoje em dia a gente não compra nem dois pães de sal com R$ 1. Lá vou comer um almoço completo, com suco e fruta de sobremesa, é bom demais”, comenta Souza.

O Governo do Distrito Federal (GDF) investe cerca de R$ 15 milhões na construção dos novos restaurantes comunitários de Samambaia e do Varjão, que, juntos, terão capacidade para servir 7,4 mil refeições diárias. Ao longo de um ano, poderão ser servidas mais de 2,7 milhões de refeições.

As obras, executadas pela Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap), estão em fase avançada. A fundação, alvenaria, instalações elétricas e hidráulicas foram concluídas. Agora, os esforços se concentram no acabamento dos espaços, com serviços de pintura, polimento e instalação de maquinários.

As unidades serão entregues ainda neste ano, já no novo formato – abertas de segunda a domingo, com café da manhã (R$ 0,50), almoço (R$ 1) e jantar (R$ 0,50). “São duas regiões com alto índice de vulnerabilidade social, e, por isso, a intenção de inaugurar dois restaurantes nesses locais. Teremos a garantia de segurança alimentar e nutricional com três refeições diárias ao custo de R$ 2 para a população”, afirma a secretária de Desenvolvimento Social, Ana Paula Marra. “Nesta gestão, reabrimos o Cras da Expansão de Samambaia, que fica exatamente ao lado do restaurante, para manter aberta a porta de entrada para a política de assistência social”.

Os novos restaurantes comunitários seguem o mesmo padrão, mas são adaptados às características topográficas de cada terreno. O engenheiro da Novacap Marcelo Galimberti explica que os projetistas da Novacap dialogam com a Sedes durante a execução da obra para verificar possíveis otimizações dos ambientes. “Aqui no restaurante de Samambaia, por exemplo, percebemos que alguns espaços estavam pequenos ou que não tinham muita utilidade, então ampliamos, tornando o restaurante mais útil”, comenta.

O aposentado Manoel Souza celebra a construção do novo Restaurante Comunitário de Samambaia: “Hoje em dia a gente não compra nem dois pães de sal com R$ 1. Lá vou comer um almoço completo, com suco e fruta de sobremesa, é bom demais”

Os projetos incluem edificações em alvenaria, com salão de refeições mobiliado, cozinha industrial climatizada, salas de nutrição, áreas administrativas e técnicas, banheiros, vestiários, setor para armazenamento de alimentos e câmaras específicas para resfriamento, congelamento e descongelamento, áreas para higienização e controle de alimentos, além de estacionamento e bicicletário.

O segundo restaurante comunitário de Samambaia recebe um investimento de R$ 7,5 milhões e tem 1.324 m² de área construída. O salão terá capacidade para 384 lugares, podendo servir até 5.150 refeições por dia. A cidade é o berço do equipamento público, inaugurado em 2001 com o primeiro restaurante comunitário do DF, o Rorizão.

Atualmente, a operação na unidade de Samambaia está voltada à instalação de esquadrias dos banheiros e da cozinha, pintura e colocação de placas de sinalização das salas. As coifas e bancadas já foram instaladas, e em breve será a vez dos armários e exaustores. As salas administrativas, caldeira, casa de gás, reservatórios – cada um com capacidade para 20 mil litros de água –, cobertura e o estacionamento com 33 vagas estão concluídos.

“Quando o daqui estiver pronto, vou com os meninos para almoçar nos dias mais corridos. Moro bem próximo, então vai ser rapidinho”, diz Verônica de Sousa

Com um investimento de R$ 7,3 milhões, o restaurante do Varjão está sendo erguido na Quadra 8, próximo à futura rodoviária da região administrativa. Com 1.329 m² de área construída, o salão terá capacidade para 368 lugares e fornecimento de até 2,4 mil refeições por dia. No Varjão, as equipes estão instalando panelas de pressão, bancadas e coifas, pintando ambientes externos, polindo o piso do salão e realizando o paisagismo da área externa.

Arte: Fábio Nascimento/Agência Brasília

A atendente de lanchonete Verônica de Souza, 37, que se mudou para o Varjão há cerca de um ano, está animada com a construção do novo restaurante comunitário. Antes, ela residia com os quatro filhos no Itapoã, que também possui uma unidade do refeitório. Verônica conta que aproveitava as refeições nutritivas por preços baixos: “A comida era muito boa, gostava da galinhada. Quando o daqui estiver pronto, vou com os meninos para almoçar nos dias mais corridos. Moro bem próximo, então vai ser rapidinho”.

Segurança alimentar e nutricional

O Distrito Federal conta com 16 restaurantes comunitários. Destes, cinco oferecem café da manhã, almoço e jantar ao custo total de R$ 2 e funcionam todos os dias: Sol Nascente/Pôr do Sol, Planaltina, Arniqueira, Itapoã e Recanto das Emas. Outras oito unidades oferecem café da manhã e almoço, e três servem apenas o almoço. A Sedes trabalha para que todos os espaços disponham de três refeições diárias, funcionando de domingo a domingo, através de processos de adequação dos contratos com empresas terceirizadas.

De janeiro a maio deste ano, foram fornecidas 5.457.989 refeições em todas as unidades – cerca de 36,1 mil refeições por dia, em média. As unidades com maior distribuição são Planaltina, Arniqueira, Sol Nascente, Ceilândia e Recanto das Emas.

Neste governo, os restaurantes passaram a contar com um nutricionista em cada unidade e a servir gratuitamente refeições para pessoas em situação de rua. O preço também foi reduzido. Em setembro de 2019, o governador Ibaneis Rocha determinou que o almoço voltasse a ser servido por R$ 1 e instituiu café da manhã e jantar por R$ 0,50. Em outras gestões, apenas o almoço chegou a custar R$ 3.

O cardápio mensal e o endereço dos restaurantes comunitários podem ser acessados no site da Sedes.

Créditos: Agência Brasília

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