Expansão fortalece rede de acolhimento e enfrentamento à violência contra a mulher no DF
Da Redação
19 de maio de 2024 – Até o fim de 2024, o Distrito Federal contará com cinco unidades da Casa da Mulher Brasileira (CMB), ampliando o suporte a mulheres em situação de violência. Além da unidade em Ceilândia, ativa desde 2021, outras quatro unidades estão em construção no Recanto das Emas, Sobradinho II, São Sebastião e Sol Nascente, todas em pontos acessíveis e próximas ao transporte público, com estrutura adaptada para receber pessoas com deficiência.

Cada nova Casa terá uma área de 270 m², incluindo recepção, salas para atendimentos psicossociais, brinquedoteca, espaço de convivência, e estacionamento. O projeto é financiado com recursos do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos e da Secretaria da Mulher do DF, totalizando R$ 4,9 milhões de emendas federais e R$ 3,9 milhões de contrapartida do governo local. A Novacap supervisiona as obras em parceria com a SMDF.
Para a secretária da Mulher, Giselle Ferreira, a expansão das CMBs representa um compromisso governamental na luta contra a violência de gênero. “Esse é um avanço essencial para garantir um atendimento humanizado e possibilitar a autonomia econômica das mulheres, permitindo-as romper com relacionamentos abusivos”, afirma.
As Casas oferecem atendimento psicossocial gratuito, com equipes multidisciplinares que incluem assistentes sociais, psicólogos, pedagogos e educadores. Após uma escuta qualificada, a equipe elabora um plano de apoio e encaminhamento junto às vítimas.
Um exemplo do impacto do serviço é o relato de uma moradora de Ceilândia que, aos 54 anos, buscou o apoio da CMB após receber ameaças de seu ex-marido. “Encontrei tudo que precisava lá; foi um suporte essencial durante minha separação”, relata.
Histórico de acolhimento
A primeira CMB do DF foi inaugurada em 2015, mas fechou três anos depois devido a problemas estruturais. Em 2021, a unidade foi relocalizada para o centro de Ceilândia, onde, desde então, já acolheu mais de 24 mil mulheres. Operando 24 horas, as Casas oferecem suporte contínuo a vítimas de violência, com acompanhamento psicológico, jurídico e social, até que a mulher esteja fora de risco.