01/04/2024 às 20:18

A moeda norte-americana alcançou o seu pico desde outubro do ano passado, refletindo a volatilidade global

Nesta segunda-feira (1º), o dólar comercial fechou em alta, atingindo o valor de R$ 5,059, um acréscimo de R$ 0,044 (+0,87%). Durante todo o dia, a cotação operou em ascensão, alcançando seu ponto máximo em torno de R$ 5,07 por volta das 16h.

Este é o maior patamar do dólar desde 13 de outubro do ano passado. No primeiro trimestre deste ano, a moeda norte-americana já havia registrado um ganho de 3,34%, ultrapassando a marca dos R$ 5 na última quinta-feira (28).

No mercado de ações, a bolsa de valores também teve um dia tenso, com o índice Ibovespa, da B3, fechando aos 126.990 pontos, uma queda de 0,87%. As ações dos bancos foram responsáveis por puxar esse recuo.

A alta do dólar foi observada globalmente após a divulgação de que a atividade industrial nos Estados Unidos superou os 50 pontos pela primeira vez desde setembro de 2022. Esse indicador é significativo, pois a barreira de 50 pontos separa a expansão do encolhimento econômico.

O fortalecimento da economia norte-americana pressionou o dólar, uma vez que diminuiu as expectativas de cortes de juros pelo Federal Reserve (Fed, o Banco Central dos EUA) ainda este ano. Isso aumenta as chances de que o Fed reduza as taxas de juros apenas duas vezes em 2024, sinalizando taxas de juros mais altas por um período prolongado.

Juros mais altos em economias desenvolvidas tendem a atrair recursos de países emergentes, como o Brasil. Com os Estados Unidos oferecendo maiores taxas de retorno em seus títulos do Tesouro, considerados investimentos mais seguros, há uma pressão adicional sobre o dólar e as bolsas de valores em todo o mundo.

Fonte: Agência Brasil

 

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