25/03/2024 às 10:49
A maioria da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal opta pela continuidade da detenção dos envolvidos nos assassinatos
Na pauta do Supremo Tribunal Federal, a maioria de quatro votos da Primeira Turma favorece a manutenção da prisão dos três suspeitos de envolvimento nos assassinatos de Marielle Franco e Anderson Gomes.
Os ministros Cármen Lúcia, Cristiano Zanin e Flávio Dino acompanham o voto do relator, Alexandre de Moraes, que ordenou a prisão preventiva dos suspeitos no domingo (24). O voto de Luiz Fux ainda é aguardado.
A análise da ordem de prisão ocorre de forma virtual, com os votos depositados sem reunião presencial. A sessão de julgamento tem duração de 24 horas, iniciando nesta segunda-feira (25) e prevista para encerrar às 23h59.
Até o momento, apenas o ministro Dino apresentou um voto escrito, argumentando que as prisões preventivas são justificadas diante de um “ecossistema criminoso” que teria sido montado dentro do Poder Público para encobrir a autoria do crime.
Os três suspeitos, os irmãos Domingos e Chiquinho Brazão, e o delegado da Polícia Civil Rivaldo Barbosa, foram detidos na Operação Murder Inc no domingo (24) e levados pela Polícia Federal para Brasília.
No caso de Chiquinho Brazão, deputado federal, sua prisão deve ser avaliada pelo plenário da Câmara dos Deputados. A data da sessão ainda não foi anunciada, mas deverá ocorrer em breve.
A investigação da Polícia Federal revelou que a motivação do assassinato de Marielle e Anderson está relacionada à disputa pela regularização de territórios no Rio de Janeiro. O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, afirmou que as investigações identificaram os mandantes, executores e intermediários dos crimes.