9 de maio de 2024 ás 14:31

Transição simbólica na Justiça Eleitoral Brasileira

Tribunal Superior Eleitoral (TSE) elegeu a ministra Cármen Lúcia como sua nova presidente, sucedendo a Alexandre de Moraes, que deixará o tribunal em 3 de junho. Nunes Marques foi escolhido como vice-presidente na mesma votação.

A tradição ditou a escolha, com o magistrado mais antigo do Supremo Tribunal Federal (STF) no TSE assumindo a presidência. O resultado foi anunciado por Moraes, que elogiou a colega e expressou sua confiança no futuro da instituição sob sua liderança.

Cármen Lúcia, ao aceitar o cargo, reiterou seu compromisso com a Constituição e as leis da República, destacando sua dedicação ao TSE. Moraes expressou sua honra em passar o bastão para a ministra, lembrando o apoio recebido quando tomou posse no STF.

Como presidente do TSE, Cármen Lúcia liderará as eleições municipais de 2024. Em fevereiro, ela foi relatora das resoluções que definiram as normas para o pleito, incluindo regulamentação do uso de inteligência artificial e maior responsabilidade das grandes empresas de tecnologia.

Essa não é a primeira vez que Cármen Lúcia comanda o TSE; ela já presidiu a Corte entre 2012 e 2013, sendo a primeira mulher a ocupar o cargo.

Perfil da ministra

Natural de Montes Claros, Minas Gerais, Cármen Lúcia, de 70 anos, tornou-se ministra do STF em 2006, indicada pelo então presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Antes disso, teve uma sólida carreira na advocacia e na procuradoria de Minas Gerais.

Além de sua atuação no STF e no TSE, Cármen Lúcia presidiu o Supremo Tribunal Federal e o Conselho Nacional de Justiça no biênio 2016-2018. É autora de diversas obras jurídicas e membro honorário do Instituto dos Advogados Brasileiros.

Fonte: CNN

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