6 de maio de 2024 ás 11:15
Comparado ao déficit de R$ 14,2 bilhões do mesmo período em 2023
O setor público consolidado fechou o mês de março com um superávit de R$ 1,2 bilhão, segundo o Banco Central (BC). Em contraste, no mesmo mês do ano passado, as contas públicas registraram um déficit de R$ 14,2 bilhões. Em um período de 12 meses, o setor público consolidado, que abrange governo federal, estados, municípios e empresas estatais, acumula um déficit de R$ 252,9 bilhões, correspondente a 2,29% do Produto Interno Bruto (PIB) e 0,15 ponto percentual (p.p) menor que o déficit acumulado até fevereiro.
De acordo com o BC, o Governo Central, composto pelo Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central, registrou um déficit de R$ 1,9 bilhão, enquanto as empresas estatais tiveram um déficit de R$ 343 milhões. Por outro lado, os governos regionais apresentaram um superávit de R$ 3,4 bilhões.
Em março, os juros nominais do setor público não financeiro consolidado totalizaram R$ 64,2 bilhões, comparados a R$ 65,3 bilhões em março de 2023. No acumulado de 12 meses até março deste ano, os juros nominais alcançaram R$ 745,7 bilhões, representando 6,76% do PIB, em comparação a R$ 693,6 bilhões (6,71% do PIB) nos 12 meses até março de 2023.
O resultado nominal do setor público consolidado, que inclui o resultado primário e os juros nominais, foi um déficit de R$ 63 bilhões em março. No acumulado de 12 meses, o déficit nominal atingiu R$ 998,6 bilhões (9,06% do PIB), em comparação a um déficit de R$ 1.015,1 bilhão (9,24% do PIB) em fevereiro deste ano.
A Dívida Líquida do Setor Público (DLSP) encerrou março em 61,1% do PIB (R$ 6,7 trilhões), um aumento de 0,2 p.p. do PIB no mês. Esse aumento foi atribuído aos juros nominais apropriados (aumento de 0,6 p.p.), ao ajuste de paridade da dívida externa líquida (redução de 0,1 p.p.), e à variação do PIB nominal (redução de 0,2 p.p.).
No ano, a DLSP também cresceu 0,2 p.p. do PIB, principalmente devido aos impactos dos juros nominais, com aumento de 1,9 p.p. do superávit primário acumulado. Por outro lado, houve uma redução de 0,5 p.p. no efeito do crescimento do PIB nominal e uma redução de 0,9 p.p. no efeito da desvalorização cambial acumulada no ano, que foi de 3,2%.
Quanto à Dívida Bruta do Governo Central (DBGG), que engloba o Governo Federal, INSS e governos estaduais e municipais, atingiu 75,7% do PIB em março, totalizando R$ 8,3 trilhões. Esse resultado representou um aumento de 0,2 ponto percentual do PIB em relação ao mês anterior, devido aos juros nominais apropriados (aumento de 0,6 p.p.), ao resgate líquido de dívida (redução de 0,2 p.p.), e à variação do PIB nominal (redução de 0,2 p.p.). No ano, o aumento de 1,3 p.p. do PIB decorreu principalmente da incorporação de juros nominais (aumento de 1,9 p.p.), emissão líquida de dívida (aumento de 0,3 p.p.), e crescimento do PIB nominal (redução de 1,2 p.p.).
Fonte: Agência Brasil