Serviço domiciliar da PCDF oferece acessibilidade e segurança a pessoas com dificuldades de locomoção

Idoso de 105 anos emite identidade em casa após 26 anos sem documentação

-Da Redação-

8 de dezembro de 2024 – Após 26 anos sem documento de identificação, Cornélio Rubem da Mata, 105 anos, reencontrou tranquilidade com a emissão de sua nova identidade, graças ao serviço domiciliar oferecido pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF). Residente em Sobradinho, o idoso, que chegou ao DF nos anos 1990, teve sua primeira identidade emitida no Distrito Federal sem precisar sair de casa.

A iniciativa partiu de sua nora, Fernanda Amorim, 49, ao descobrir o serviço disponível para pessoas com dificuldades de locomoção. “Após ele ficar acamado por uma pneumonia, ficamos preocupados com possíveis complicações legais pela falta da identidade. O serviço foi um alívio para nossa família”, relatou.

Tecnologia e modernidade no novo documento

A dona de casa Fernanda Amorim, nora de Cornélio, elogiou o serviço domiciliar de emissão de identidade: “Três dias depois, o pessoal da Polícia Civil já estava lá em casa para emitir o documento”

Além do conforto proporcionado pelo atendimento domiciliar, o idoso recebeu a nova Carteira de Identidade Nacional (CIN), que unifica os dados pelo CPF e adota padrões internacionais de segurança. Com QR Code para autenticação e elementos antifraude, o documento substitui os antigos números de RG e garante maior praticidade para seus usuários.

Elimar Martins, 41, filho de Cornélio, destacou os benefícios do atendimento em casa. “Foi muito prático para todos. Meu pai não precisou enfrentar filas, e agora estamos tranquilos quando ele precisar usar o documento.”

Acessibilidade para quem mais precisa

Em 2024, o Instituto de Identificação emitiu 345.393 identidades, sendo 5.484 por meio da Seção de Operações Papiloscópicas Externas (Sope) da PCDF. O serviço atende cidadãos acamados, hospitalizados ou com mobilidade reduzida, utilizando agendamento online que reduz filas e oferece eficiência.

Robson Braz, chefe do Sope, explica que a equipe é composta por três grupos de dois papiloscopistas, responsáveis por atendimentos residenciais, hospitalares e em presídios. “Nosso objetivo é ampliar o alcance do serviço com mais agilidade e tecnologia. Histórias como a do seu Cornélio mostram o impacto positivo desse trabalho.”

Como solicitar o atendimento domiciliar

Para requerer o atendimento em casa, é necessário enviar um requerimento ou carta justificando a necessidade, com endereço e telefone de contato, ao Instituto de Identificação da PCDF. O pedido pode ser entregue em qualquer unidade de atendimento ou diretamente na sede do Instituto.

Para atendimentos hospitalares, em unidades públicas ou privadas, as solicitações devem incluir a autorização da instituição e informações sobre o paciente, como localização e contato do assistente social.

A primeira via da CIN é gratuita, exigindo CPF, certidão de nascimento ou casamento e foto atualizada. A troca do modelo antigo pelo novo é simples, bastando apresentar o documento antigo.

Com serviços como o atendimento domiciliar, a PCDF reforça seu compromisso com a inclusão e a cidadania, garantindo que todos tenham acesso à documentação essencial para exercer seus direitos.