Programa recolheu mais de 500 toneladas de resíduos eletroeletrônicos desde 2021, evitando danos ambientais

-Da Redação-

1 de setembro de 2024 — O descarte de equipamentos eletroeletrônicos e eletrodomésticos requer atenção especial para evitar danos ao meio ambiente e à saúde humana. Metais pesados presentes nesses materiais podem contaminar o solo e a água se descartados incorretamente, como no lixo comum. Para mitigar esses riscos, o Governo do Distrito Federal (GDF) instalou mais de 150 Pontos de Entrega Voluntária (PEVs) em diversas regiões administrativas.

Gutemberg Gomes, secretário de Meio Ambiente e Proteção Animal, destacou a importância da gestão adequada desses resíduos. “Nossa prioridade é proteger o meio ambiente e a saúde pública. Estamos implementando um sistema robusto de logística reversa que não só atende às exigências legais, mas também promove a reciclagem e reintegração desses materiais na cadeia produtiva,” afirmou.

Desde 2021, a Secretaria de Meio Ambiente e Proteção Animal (Sema) mantém um acordo de cooperação com a Associação Brasileira de Reciclagem de Eletroeletrônicos e Eletrodomésticos (Abree), que, em parceria com o Instituto Zero Impacto, oferece o serviço de logística reversa. Em dois anos, essa colaboração resultou na coleta de mais de 500 toneladas de lixo eletrônico.

Além dos PEVs, disponíveis em vários endereços, a parceria também inclui gincanas escolares, ações de drive-thru em cidades do DF e coleta domiciliar para itens acima de 30 kg, que pode ser solicitada gratuitamente via formulário online ou WhatsApp: (61) 3301-3584. Amir Bittar, coordenador de Resíduos Sólidos da Sema, revelou planos de expansão do acordo. “Vamos renovar o contrato no próximo mês, aumentar o número de PEVs e retomar as ações de drive-thru de coleta,” adiantou.

É considerado lixo eletrônico qualquer produto ou dispositivo eletroeletrônico e eletrodoméstico que tenha chegado ao fim da vida útil ou não tenha mais valor por falta de utilização, substituição ou quebra

Outro destaque é o programa Reciclotech, criado em 2020 pela Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti). O programa recebe itens descartados nos PEVs e os direciona para reciclagem ou recondicionamento, com os equipamentos sendo doados para órgãos públicos e projetos de inclusão digital. O secretário Leonardo Reisman enfatizou o papel do Reciclotech na conscientização ambiental. “Com o Brasil gerando 2,4 milhões de toneladas de lixo eletrônico anualmente, é essencial integrar a logística reversa e a economia circular,” explicou.

Nos dois primeiros anos do Reciclotech, 1.055 toneladas de lixo eletrônico foram corretamente descartadas, e 3.507 equipamentos foram recondicionados. Destes, mais de 1.500 computadores foram doados a escolas, hospitais e ONGs. Em sua expansão recente, o programa recolheu 70 toneladas, das quais 50 foram recicladas como matéria-prima para novos produtos. Mais informações sobre os pontos de descarte e coleta de resíduos de grande volume estão disponíveis pelo telefone (61) 3559-1111.

O que é considerado lixo eletrônico?

Qualquer equipamento eletroeletrônico ou eletrodoméstico sem utilidade, quebrado ou em desuso pode ser considerado lixo eletrônico. Exemplos incluem:

  • Informática: Computadores, monitores, notebooks, tablets, teclados, impressoras e no-breaks.
  • Televisores: Aparelhos de tubo, LED, LCD e plasma.
  • Eletroeletrônicos: Aparelhos de som, DVD players, micro-ondas, secadores de cabelo, entre outros.
  • Eletrodomésticos: Geladeiras, fogões, máquinas de lavar e ar-condicionado.
  • Aparelhos celulares e acessórios: Celulares, smartphones, carregadores, entre outros.
  • Resíduos eletrônicos: Baterias, cabos e chapas de raio X.

Materiais como lâmpadas, papel, plástico, vidro e resíduos orgânicos não são aceitos nos PEVs.

Créditos: Agência Brasília

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