Com uma taxa de 43,3 transplantes de fígado por milhão de habitantes, o DF se destaca no Brasil

Da Redação

31 de maio de 2024O Distrito Federal (DF) se destacou em 2023 ao liderar a realização de transplantes de órgãos, como fígado, rim, coração e medula óssea, com uma taxa de transplantes por milhão de habitantes significativamente superior à média nacional. A taxa de transplantes de fígado no DF foi especialmente notável, alcançando 43,3 por milhão de habitantes, quase quatro vezes a média nacional de 11,6.

O Sistema Único de Saúde (SUS) coordena e executa os transplantes de órgãos no Brasil, com a Central de Notificação, Captação e Distribuição de Órgãos do DF (CNCDO/DF) desempenhando papel fundamental no processo. A partir da confirmação da morte encefálica de um paciente, as famílias são abordadas para consentir a doação de órgãos. Após o consentimento, os órgãos viáveis são avaliados, preservados e transportados de acordo com os critérios estabelecidos pelo Sistema Nacional de Transplantes (SNT), que prioriza fatores como compatibilidade sanguínea, gravidade da doença do receptor e tempo de espera.

Hospitais como o Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF) e o Instituto de Cardiologia do DF (ICDF) são preparados para realizar os transplantes, proporcionando cuidados intensivos aos pacientes antes e após a cirurgia. A diretora da Central Estadual de Transplantes da Secretaria de Saúde do DF, Gabriella Christmann, destacou que 25 pessoas aguardam um transplante de fígado no DF, com números que variam conforme a demanda.

Christmann também ressaltou a importância da doação de órgãos, destacando que o Brasil possui o maior serviço público de transplantes do mundo, acessível gratuitamente pelo SUS. A conscientização sobre a doação é fundamental, pois o processo só ocorre com a autorização da família do doador.

Para ser doador, é importante que a pessoa informe sua decisão à família, visto que a doação só é permitida com consentimento de um familiar de até segundo grau. As condições de saúde do doador, como doenças crônicas e infecções, podem comprometer a viabilidade do órgão para transplante, o que torna a entrevista familiar crucial para garantir a segurança dos receptores e dos profissionais de saúde.

Créditos: Agência Brasília

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